Postado dia 30/08/2011 por Mãe de Cachorro - Ana Corina
Ninguém sabe exatamente por quais motivos
cães – e pessoas – vão perdendo suas capacidades mentais conforme ficam
mais velhos. Mas sejam eles quais forem, o fato é que o cérebro e o sistema nervoso dos cães (e os nossos!) mudam drasticamente conforme eles envelhecem.
Cães
mais velhos possuem cérebros mais leves do que cães jovens. A mudança é
bastante significativa e o cérebro mais velho pode terminar até 25%
mais leve! É importante notar que esta mudança não deve-se
necessariamente à morte de células cerebrais. Na verdade, em grande
parte é a perda das conexões que já não são mais feitas entre as células
que reduz o tamanho e o peso do cérebro! Nossos peludos começam a
entrar na “terceira idade” em torno dos sete anos de vida.
O equivalente canino ao mal de Alzheimer que acomete humanos é chamado de Síndrome de Disfunção Cognitiva em Cães (SDC).
Sintomas
Se seu cão sofrer deste mal, você possivelmente
notará que ele está apresentando mudanças de comportamento que
geralmente incluem: esquecimento (esquecer o treino do banheiro, pode não responder mais ao próprio nome etc.), desorientação, não reconhecer membros da família, sono alterado (passar noites acordado, inclusive podendo latir sem razão e controle e dormir em excesso durante o dia), não responder mais a comandos, e outros lapsos no comportamento habitual. A doença é bastante comum
e, com base em dados estatísticos disponíveis, é possível sugerir que
cerca de 25% dos cães com mais de dez anos de idade apresentem ao menos
um dos sintomas associados ao envelhecimento cerebral. Em cães com mais
de 15 anos de idade, mais de 60% são afetados de alguma maneira.
Pesquisas recentes têm mostrado que um dos fatores mais significativos para evitar o declínio das capacidades mentais é manter a mente ocupada e desafiada.
Uma pesquisa da Universidade Milgram, de Toronto, demonstrou que ao
manter cães idosos mentalmente ativos e estimulados, a deteriorização
mental observada em novos aprendizados e na falta de capacidade para
solucionar problemas foi grandemente reduzida ou até revertida!
Prevenção
E adivinhem quem figura como campeão na prevenção das perdas das funções mentais? O exercício físico! Estudos realizados com idosos humanos revelam que
caminhar com regularidade protege o cérebro e também aumenta a
capacidade de aprendizado, a concentração e o raciocínio abstrato em pessoas que caminham pelo menos 20 minutos por dia.
Caminhadas parecem ser especialmente benéficas para nossos cérebros –
de humanos e caninos – porque aumentam a circulação de oxigênio e de
glicose que alcançam o cérebro. Ao caminhar, cães e pessoas,
literalmente oxigenam o cérebro. Estudos mostram que em resposta ao
exercício físico, as veias cerebrais podem aumentar, mesmo em animais de
meia-idade sedentários até então.
Embora existam mais pesquisas com idosos humanos
neste área do que com cães idosos, o time de pesquisadores da
Universidade de Toronto vem replicando várias descobertas com cães. E
não há razões para esperar que o sistema nervoso dos cachorros responda
de maneira diferente ao de outros mamíferos testados até então (humanos e
ratos).
Também é importante manter seu cão curioso e estimulado, para isso você pode:
- variar o percurso das caminhadas e dos passeios
- apresentá-lo a novos estímulos e
- criar rotinas de exercícios que envolvam comandos.
Quem sempre manda o cão sentar antes de ganhar a comida, não o estimula. Ensine vários comandos diferentes e simples (ver Série Filhotes)
para seu amigo peludo e cada dia peça a ele que faça uns dois
diferentes antes de ganhar o que quer que seja (sair para passear,
comida, carinho, o direito de subir na cama ou no sofá etc.).
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